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Carcinogenicidade

   Os ftalatos têm vindo a ser apontados como possíveis agentes carcinogénicos, como é o caso do DEHP e BBP, de acordo com estudos experimentais realizados em animais [1].
   Os mecanismos de carcinogénese dos ftalatos não têm sido muito explorados, mas, baseado em estudos animais, é possível dizer que estes compostos contribuem para a progressão do
carcinoma hepatocelular. Envolvido nesta questão temos um fator de extrema importância, o AhR, cuja expressão é induzida pela exposição aos ftalatos. Um estudo recente demonstra que, através de um mecanismo não genómico, o AhR é ativado, envolvendo o processo de sinalização da proteína G. Há evidência que estas vias de sinalização induzidas pelos ftalatos regulam a progressão do tumor [2].

 

   A ativação do PPARα tem sido também, proposta como possível mecanismo de hepatocarcinogénese. No entanto, o facto de se verificar o desenvolvimento de tumores mesmo em roedores que não detêm PPARα, leva a crer que a ativação do PPARα não é essencial para a carcinogénese. Além disso, sabe-se ainda que os humanos são menos sensíveis ao PPARα e, portanto, a hepatocarcinogénese induzida por agonistas do PPARα, como os ftalatos, é específica da espécie, não sendo relevante no caso dos humanos [1].

Referências:

[1] Wang YC, Chen HS, Long CY, Tsai CF, Hsieh TH, Hsu CY, Tsai EM (2012) Possible mechanism of phthalates-induced tumorigenesis. Kaohsiung Journal of Medical Sciences 28:522-527.

[2]  Tsai CF, Hsieh TH, Lee JN, Hsu Cy, Wang YC, Lai FJ, Kuo KK, Wu HL, Tsai EM, Kuo PL (2014) Benzyl butyl phthalate induces migration, invasion, and angiogenesis of Huh7 hepatocellular carcinoma cells through nongenomic AhR/G-protein signaling. BMC Cancer 14:1-13.

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